Foto: Turma de HAUB em visita técnica (Belém - PA)
Fonte: Acervo de HAUB/CAU/UFT 2013/2 (Dez/2013)
Apesar do semestre
complicado, partido ao meio por greves, com manifestações por melhores
condições de ensino e infraestrutura para o Curso de Arquitetura e Urbanismo da
UFT, bem como o desânimo de alguns professores e estudantes, destaco que a
visita técnica de HAUB à cidade de Belém foi uma experiência muito importante
para o processo de ensino e aprendizagem na formação de vocês. Ao longo da
minha formação tive duas viagens marcantes na UFPa: uma a São Luís e Alcântara
no Maranhão e outra para São Paulo, Bienal de Artes. De modo que, quando acesso
tais memórias trago um sorriso no rosto, por saber o que realmente ficou da
minha época de universidade: as amizades, as viagens e os projetos mais
criativos.
Em Belém cada um de nós
foi um flâneur que percorreu uma
cidade com seu núcleo colonial peculiar, permeado por uma natureza exuberante
que persiste, em meio ao desenvolvimento de 400 anos de história viva.
Peço desculpas se de
alguma forma as minhas críticas quanto aos artigos foram inesperadas e um pouco
duras para alguns de vocês, estou sempre procurando melhorar, mas sei que nunca
agradarei a todos.
Muito obrigada por
terem aproveitado a oportunidade desta viagem e, sobretudo, por terem retornado
inteiros dela. O resultado desta visita me motiva a repetir a experiência e não
perder a esperança na vida universitária, pelos tantos descasos que tenho
presenciado com relação a educação neste país. Por fim, acredito que todo arquiteto
deve viajar, sair da zona de conforto, percorrer novas paisagens, descobrir que
a diversidade abre portas para a criatividade.
Indico uma leitura sobre A Arte
de Viajar, do filósofo Alain de Botton, da qual retirei este trecho:
" As viagens são parteiras do pensamento.
Poucos locais são mais propícios a conversas do que um avião, um navio ou um
trem em movimento. Há uma correlação quase estranha entre o que está diante de
nossos olhos e os pensamentos que nos podem ocorrer: grandes pensamentos às
vezes exigem grandes panoramas, novos pensamentos, novos lugares. Reflexões
introspectivas que têm a propensão a bloquear-se recebem ajuda para prosseguir,
com a passagem ininterrupta da paisagem. A mente pode relutar em pensar
direito, quando pensar é tudo o que é preciso que faça. A tarefa pode ser tão
paralisante como ter de contar uma piada ou imitar um sotaque a pedidos
(...) A fim de horas de devaneios num trem, podemos ter a sensação de
termos sido devolvidos a nós mesmos – ou seja, trazidos de volta ao contato com
emoções e ideias de importância para nós. Não é necessariamente em casa o
melhor lugar para encontrar nosso verdadeiro eu. A mobília insiste em que não
podemos mudar porque ela não muda; o cenário doméstico mantém-nos atrelados à
pessoa que somos na vida comum, mas que pode não ser quem somos na
essência."[1]
Desejo que cada um de vocês conheça a
cidade dos seus sonhos!
Patricia Orfila
Palmas, 17 de março de 2014.
Olha ai, eu fazendo uma pesquisa sobre intervenções urbanas e me deparo com este Blog, desconfio da conexão de Belém com Palmas e olha só...... um beijão Patricia, grande trabalho em uma grande cidade, parabéns!
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